Quando o Esotérico se propôs, na edição do dia 3 de janeiro, a publicar a série “Previsões para 2012″, a intenção era esgotar o assunto em apenas cinco reportagens.
por Ana Elizabeth Diniz
Missão impossível. Resolvemos que seria necessário mais uma reportagem, mostrando como a ciência tem se posicionado em relação às profecias. Muitas delas tidas até então como “viagens” de místicos e profetas do apocalipse começam a acontecer e a incomodar.
Concluímos hoje a série, que pretendeu lançar um pouco de luz sobre esse fascinante tema que é o futuro da humanidade, mas, é claro, o assunto não se esgota aqui. Há ainda muito a ser lido e pesquisado.
O físico Stephen Hawking não crê em profecias, mas sua genialidade prevê que a humanidade será varrida da face da Terra pelo mau uso que ela própria fará das armas biológicas. “A menos que conquiste o espaço, não acho que a raça humana sobreviverá aos próximos mil anos. São muitos os acidentes que ameaçam a vida no planeta. Armas nucleares exigem instalações imensas, a engenharia genética pode ser praticada em um laboratório de fundo de quintal”, disse.
A “Nature”, uma das publicações científicas mais respeitadas do mundo, publicou artigo que afirma que pelo menos três quartos das espécies da Terra desaparecem a cada ciclo de 62 a 65 milhões de anos. “Faz 65 milhões de anos que o desastre do período cretáceo-terciário acabou com os dinossauros. Portanto, devemos estar às vésperas de um cataclismo que irá, sem dúvida, reduzir a população em pelo menos 50%, arruinar nossa infraestrutura e sepultar o que ainda restar da nossa civilização”, interpreta Lawrence E. Joseph, autor do livro “Apocalipse 2012: As Provas Científicas sobre o Fim da Nossa Civilização”.
Mas, para Joseph, não seria preciso qualquer profecia para destruir a Terra, uma vez que o homem vem desenvolvendo barbáries que, por si só, acabariam com a vida no planeta. Ele ainda cita as armas químicas, biológicas e nucleares, lixo tóxico, experiências genéticas, nanotecnologia e desenvolvimento de superbactérias que anulam o efeito de antibióticos.
Sami Solanki, do Max Planck Institute for Solar System Research, na Alemanha, afirma que “exceto por breves picos, o Sol é mais ativo hoje que em qualquer época nos últimos 11 mil anos, período em que terminou a última Era Glacial”. Ele continua, lembrando que, “desde 1940, o Sol produziu mais manchas, erupções e clarões que lançam nuvens de gás no espaço, que no passado”.
Probabilidades. O físico Richard Feynman comenta que “se o período de máximo solar – com início em 2011 e pico em 2012 – se revelar tão superior à média dos máximos solares quanto o período entre o Halloween de 2003 e setembro de 2005, que esteve acima da média dos mínimos solares, talvez nos encaminhemos para a catástrofe a respeito da qual astrônomos maias nos vêm chamando a atenção durante 1.500 anos”.
Já Joseph acredita que, através das evidências científicas levantadas, existe ao menos uma possibilidade concreta de que alguma tragédia considerável ocorra ou comece a ocorrer neste ano.
“A questão não é ‘se’, mas ‘quando’. Não é a data precisa e, sim, se esse acontecimento transformador ocorrerá enquanto nós ou os nossos entes queridos ainda estivermos vivos”, diz. Segundo ele, 2012 como prazo final da humanidade, “nos obriga a encarar as incontáveis possibilidades de catástrofe global, avaliar sua probabilidade e potencial destrutivo e decidir se estamos preparados para reagir a ela individualmente ou como civilização”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário