Mateus 24
Marcos 13
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Apocalipse 6
8 | Olhei e vi um cavalo amarelo. O seu cavaleiro se chamava Morte, e o mundo dos mortos o seguia. Estes receberam poder sobre a quarta parte da terra, para matar por meio de guerras, fome, doenças e animais selvagens. |
Nobel da Paz diz no Brasil que combate à fome deve ter participação feminina
A ativista liberiana Leymah Gbowee, vencedora do Prêmio Nobel da Paz em 2011, afirmou nesta quarta-feira durante um fórum em São Paulo que é não se pode acabar com a fome sem levar em conta a participação da mulher na sociedade.
"É impossível acabar com a fome neste mundo sem a habilidade das mulheres. São as pessoas mais afetadas", disse a ativista durante o fórum "Um mundo sem fome: estratégias de superação da miséria", promovido pela revista "Carta Capital".
Ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Gbowee pediu que os países aos países que cooperam com a África que respeitem as particularidades de cada pessoa dessa região.
"Se não olhamos as habilidades locais das pessoas, a ajuda é inútil. Faço muitas criticas para quem vai à África e quer só ajudar, pois se levar seu olhar estrangeiro será totalmente inútil", explicou.
O representante da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) na Etiópia, Mafa Chipeta, completou dizendo que "a proteção da África não pode ser baseada na caridade perpétua".
"Temos que dar prioridade não só à agricultura para encher barrigas, mas também à atividade econômica, que pode ajudar em nosso desenvolvimento e na promoção da proteção social", disse Chipeta.
A ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, comparou os desafios brasileiros e dos países africanos, que passam pela necessidade de "crescer incorporando a quantidade gigantesca da população que sempre esteve excluída das oportunidades e serviços públicos".
Lula, por sua vez, propôs "fazer mais política" com princípios democráticos, para quem muitas nações da África possam sair da pobreza.
"Os africanos sabem se cuidar e as empresas brasileiras devem se comportar de maneira diferente. Temos que dizer como foi feito aqui para ver se serve a eles, então podem decidir como fazer", afirmou.
O ex-presidente lembrou que em suas quase 30 viagens ao continente africano, foram firmados diversos acordos no setor agrícola. Além disso, Lula ressaltou que muitos países podem ajudar a África com financiamento de maquinaria para a área.
Lula: Para ser combatida, fome virou questão política
O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta quarta-feira, 11, que para acabar com a fome no País "foi preciso transformar o problema em questão política" e não em social, quando assumiu a Presidência da República. "Ninguém tem orgulho de dizer que passou fome. Por isso, conseguimos a proeza, para incômodo de alguns, de fazer as pessoas se preocuparem com esse problema social", disse ele no seminário "Um Mundo sem Fome", em São Paulo.
Lula ironizou as críticas à política de valorização do salário mínimo. "Ainda tem gente reclamando que o trabalhador brasileiro está ganhando muito. Muita gente me procura dizendo que isso virou um custo Brasil". O ex-presidente disse que o País "mudou e mudou muito" e afirmou, ainda, sem citar nomes ou empresas que "lamentavelmente tem gente que demora para pedir desculpas".
O ex-presidente ponderou que o Brasil, apesar de ser País pobre, pode ser doador e ser transferente de tecnologia, principalmente a agrícola. "Levamos a Embrapa à África. A savana africana tem características do Cerrado Brasileiro e, por isso, podemos ajudar", disse
Lula disse ainda não aceitar mais o discurso da agricultura da subsistência e que o agricultor, mesmo pequeno, precisa de escala. O ex-presidente retomou ainda o discurso de que o sistema financeiro consumiu R$ 9,5 trilhões após crise de 2008, dinheiro que poderia ir para a África.
http://www.dgabc.com.br/Noticia/481642/lula-para-ser-combatida-fome-virou-questao-politica?referencia=minuto-a-minuto-topo
Comida jogada fora agrava fome no mundo, aponta FAO
Agência Estado
Por Gabriela Mello, de Roma
Por Gabriela Mello, de Roma
A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) informou em relatório divulgado nesta quarta-feira, 11, pelo diretor-geral da entidade, o brasileiro Jose Graziano da Silva, que desperdícios por parte de produtores e consumidores estão levando a uma escassez de alimentos e prejudicando severamente o meio ambiente.
Segundo a FAO, a crescente população mundial poderia ser alimentada, se um terço dos alimentos produzidos não fosse desperdiçado. A organização calcula que o desperdício de alimentos responde por emissões de 3,3 gigatoneladas de dióxido de carbono e por um consumo de água equivalente a três vezes o volume do Lago de Genebra, ampliando os danos à biodiversidade causados pelo cultivo de uma única cultura.
Por ano. US$ 750 bilhões vão para o lixo em produtos agrícolas
“As implicações do desperdício nessa escala são enormes”, observou Graziano da Silva. O custo econômico direto dos produtos agrícolas jogados fora, excluindo frutos do mar, é de US$ 750 bilhões por ano, quando medido com base nos preços de atacado, estima a entidade.
O relatório mostrou, ainda, que a atividade agrícola na América Latina é a mais ineficiente na comparação com outras regiões do mundo, enquanto os consumidores da Europa e da América do Norte foram apontados como os que mais desperdiçam alimentos. Por outro lado, o levantamento feito pela organização revelou que quase nada é desperdiçado pelos consumidores africanos, mas os problemas crônicos nos processos de manuseio pós colheita no continente são quatro vezes mais propensos a provocar perdas.
De acordo com a FAO, a Ásia industrializada é a região que mais contribui para o desperdício de alimentos e a emissão de carbono envolvendo a produção de itens não consumidos. A Europa responde por cerca de 16% de cada, enquanto América do Norte e Oceania representam 9% de cada. A entidade informou que a agricultura é responsável por cerca de um terço do desperdício de alimentos e os consumidores são culpados por quase 40% do excesso de emissões de carbono.
Por isso, a FAO pediu a governos e empresas envolvidas no fornecimento de produtos alimentícios que melhorem sua auditoria sobre o desperdício. Conforme a organização, as soluções devem variar de acordo com as regiões e os produtos. Em alguns casos, o excedente produzido poderia ser melhor destinado a famílias necessitadas e, em outros, seria melhor não produzir tanto.
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