segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Ajuste de contas entre bairros rivais. Bairro do Fim do Mundo X Bairro da Cruz Vermelha, termina com baleado na cabeça e clamor e choro de uma mãe.

Baleado na cabeça em discoteca de Cascais
"Ai , o que fizeram com o meu filho... O que fizeram com o meu filho!", clamava ontem Angélica Mendes, 49 anos, à porta da Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital São Francisco Xavier, onde o filho, Andy Rodrigues, de 22 anos, está internado em estado de coma profundo. Foi baleado, durante a madrugada de ontem, dentro da discoteca ‘Touch Me’, em Alcabideche, Cascais, e corre risco de vida. Uma das balas desfez parte do crânio do jovem, a outra bala continua alojada nas costas.
Na origem dos desacatos, estará um ajuste de contas entre jovens, moradores em bairros rivais. "Isto foi de propósito. Ele [o atirador] e os amigos esperaram que o meu irmão entrasse na discoteca e seguiram-no. Desligaram as luzes, ele pôs-se atrás do Andy e atirou-o ao chão. O meu irmão caiu de chapa com a cara no chão", relata ao CM Ludy Rodrigues, 24 anos, irmã de Andy, que presenciou o ataque.
O atirador, apurou o CM, tem 19 anos, é conhecido pela alcunha de ‘Next’ e é oriundo do Bairro do Fim do Mundo, no Estoril. Andy Rodrigues é do Bairro da Cruz Vermelha, em Alcabideche. Há uns anos, ‘Quim McCartney’ – morador no Bairro do Fim do Mundo – foi esfaqueado por um morador no Bairro da Cruz Vermelha "e, por mais que se explique que não foi o meu irmão, o ‘Next’ pensa que foi o meu irmão. Isto foi preparado, porque naquela discoteca não entra ninguém do Fim do Mundo e o pessoal é todo revistado à entrada", explica.
Os irmãos tinham ido à discoteca para assistir à actuação da cantora Neuza e de Tó Semedo, proprietário da ‘Touch Me’.
"O meu irmão estava na discoteca há menos de meia hora, quando o ‘Next’ e os amigos entraram e desligaram as luzes. Não sei onde foi buscar a arma, mas fez vários disparos contra o meu irmão já no chão".
Por:Lurdes Mateus
www.cmjornal.xl.pt

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