Foto: RIA Novosti
Ate há pouco tempo, o principal meio de eliminação do lixo eram as fábricas de queima de resíduos. Mas, quando se queimam produtos tóxicos como pesticidas, medicamentos, tintas e químicos domésticos, as pessoas acabam por desenvolver doenças oncológicas, de sangue e das vias respiratórias, Ou seja, apesar de se tratar de um método eficiente de eliminação de detritos, ele acarreta riscos.
Atualmente, a nível mundial, a aposta passa pela reciclagem do lixo. Além disso, são desenvolvidas tecnologias que permitem queimar o lixo em plasma. Por um lado, trata-se de um meio dispendioso, porém, esse método permite transformar o lixo em energia eléctrica. O lixo pode transformar-se em combustível que se assemelha ao carvão de baixa qualidade. Apesar disso, a queima é possível para uma parte do lixo, considera o cientista ecologista Alexei Yablokov:
“Eu olho com cautela para a queima do lixo. Falando de forma generalista, sim, uma parte do lixo pode ser queimada. A queima deve ser precedida de uma separação prévia. Sim, a queima permite a obtenção de energia eléctrica. Nalgumas cidades, 15-20% da energia eléctrica provêm da queima do lixo. Trata-se de um efeito considerável. Mas não considero que se trate de uma perspectiva a nível mundial. Sim, é preciso fazê-lo, mas não é uma solução para o problema”.
Globalmente, a política mundial deveria focar-se na redução de produção de detritos. O lixo doméstico necessita, no mínimo, de um processamento a 50%, o que é efetuado, sobretudo em fábricas de separação de lixo. Se falarmos de lixo industrial, nesse caso é necessário aumentar o valor das multas. Se o lixo é tratado como “peso morto” devem existir multas por causa dos danos causados à natureza, no mínimo multiplicado por dez vezes. Existindo vontade política e capacidade econômica é possível parar com a destruição do meio-ambiente, dizem os cientistas.
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