sexta-feira, 22 de julho de 2011

EUA não sabem como pagar dívidas! A Europa está se destruindo por causa do neo liberalismo! Ambos vão levar o mundo a bancarrota!

EUA não sabem o que fazer para pagar a dívida pública e pressão aumenta
21/7/2011 12:49, Por Redação, com agências internacionais - de Washington
Cada vez mais próximo de um default potencialmente desastroso, o presidente dos EUA, Barack Obama, e os principais parlamentares enfrentavam nesta quinta-feira crescente pressão para acelerarem os esforços no intuito de chegar a um acordo sobre redução de dívida. Os negociadores têm encontrado dificuldades para acabar com o impasse e restringido as opções mesmo com a aproximação de 2 de agosto, data limite para elevar o teto da dívida, atualmente em US$ 14,3 trilhões, após da qual a maior economia do mundo não será mais capaz de pagar suas obrigações.
Houve alguns sinais de esperanças nesta semana de um possível compromisso baseado numa ampla proposta de corte de déficit por parte de um grupo bipartidário de senadores. Tal proposta poderia evitar um default e resguardar o rating “AAA” dos EUA. Mas o risco é bastante alto, e a divisão muito ampla entre o presidente democrata e seus rivais republicanos. Há temor de que as negociações possam falhar, à medida que o início do próximo mês se aproxima. Obama pediu na quarta-feira que os líderes do Congresso fossem à Casa Branca para terem as primeiras conversas de dívida cara a cara nesta semana, numa nova tentativa de obter algum consenso. Depois disso, os assessores procuraram falar pouco sobre as discussões.
Os encontros separados de Obama com republicanos e democratas ocorreram após a Casa Branca, demonstrando uma postura mais flexível do presidente, sinalizou que Obama poderia apoiar um aumento de curto prazo no limite da dívida por “alguns dias” caso os parlamentares concordem com um abrangente acordo de redução de déficit. O movimento refletiu a crescente realidade política de que o tempo é curto para que o Congresso aprove um tipo de plano maciço de corte de déficit que Obama está buscando antes que o governo fique sem dinheiro.
Um fracasso até 2 de agosto poderia colocar os EUA numa nova recessão e ditar ondas de choque aos mercados financeiros globais. Os líderes democratas e republicanos da mesma forma têm tentado assegurar aos mercados que um default será evitado, mas estão longe de concordar sobre como fazê-lo. Os republicanos querem que qualquer aumento no limite de dívida inclua profundos cortes de gastos, mas se opõem a qualquer elevação nas receitas. Os democratas querem mais impostos para os norte-americanos mais ricos como parte de um pacote de redução do déficit, opção descartada pela maioria dos republicanos nos EUA.

http://correiodobrasil.com.br

Fome, sexo, mentira e violação
21/7/2011 11:03, Por Rui Martins, de Genebra

Fome no Sudão, Grécia e europeus à beira da falência, a dominação dos bancos sobre países tudo isso são violações econômicas em cadeia, como na telenovela DSK.
O espectro da fome ressurge na África. São três milhões de mortos em perspectiva. Mas os países ocidentais não podem ajudar, ao contrário, até diminuíram suas ajudas pela metade, pois o dinheiro disponível para as emergências precisou ser usado na ajuda aos bancos, ameaçados de falência na recente crise.
Nesta quinta-feira, os dirigentes dos países europeus se reúnem para tentar encontrar uma saída para a crise grega, um país inteiro à beira da falência, com o risco de arrastar consigo toda a estabilidade financeira e mesmo política da Europa.
Nos EUA, Obama tem mais algumas semanas para encontrar uma solução para a crise da dívida interna, enquanto o dólar vai perdendo o valor e sua cotação é menos da metade do valor do ano retrasado na Europa.
Na França, já em plena pré-campanha eleitoral para a presidência, não se fala no terremoto financeiro detetado pelos sismógrafos das bolsas. Mas da telenovela de sexo, mentira, complô, traição e tentativa de violação de uma camareira pelo ex-dirigente do Fundo Monetário Internacional, Dominique Strauss-Khan, DSK, agravada pela denúncia de uma jovem escritora francesa, de ter também sido assediada pelo potente e insaciável economista, que, pelo jeito, não precisa de Viagra.
A telenovela DSK tem todo os ingredientes de um vaudeville ou ópera tragicômica, com a entrada em cena das personagens francesas. A jovem quase violada vem a público e abre processo oito anos depois dos fatos, quando nada se poderá provar. Mas sua intempestiva intrusão na justiça acaba por envolver sua própria mãe, que confessa ter tido uma relação sexual consentida com DSK, porém de rara violência.
O caso assume feições familiares, pois a queixosa de tentativa de violação é amiga da filha de DSK, que estuda em Nova Iorque e apareceu na televisão com a atual esposa de DSK, no episódio da prisão e libertação preventiva do ex-dirigente do FMI. E, por sua vez, a ex-esposa de DSK é madrinha da escritora vítima de tentativa de violação. Ao que parece todas estavam a par dessa história, mas, interrogadas pela polícia francesa, contaram versões diferentes.
E, reforçando a hipótese dos amantes de complôs, houve realmente uma tentativa de se envolver o candidato socialista, François Hollande nessa confusão, por ter sido informado, quando presidente do Partido Socialista, dos ardores de DSK, mas sem tomar qualquer iniciativa. Enraivecido e com receio de ser envolvido, Hollande fez questão de ir à polícia para declarar não ter nada a ver com essa história.
Com isso, os franceses se esquecem de que o capitalismo está de novo hospitalizado no serviço de cuidados intensivos. Os sintomas são os mesmos da crise ocorrida nos EUA – muito capital especulativo, pouco capital produtivo, muito dinheiro nas mãos de poucos e pouco nas mãos da população provocando um alto endividamento, ou seja, o excesso de acumulação de capital está provocando uma baixa de consumo.
Para reforçar suas exportações, os patrões alemães conseguiram dobrar os sindicatos e baixar seus salários, competindo no mercado com os produtos portugueses, espanhóis, gregos, irlandeses e italianos.
Embora hoje alvo das críticas européias, a Grécia cedeu às ofertas dos países ricos europeus, comprando um excesso de desnecessários armamentos, que agora reforça sua dívida e não tem condições para pagar.
Sem se esquecer que as riquezas desses países ameaçados de falência como a Grécia voaram rapidamente para lugares seguros como a Suíça e outros paraísos, que mesmo melhor controlados continuam sendo um bom refúgio.
A política neoliberal está destruindo a União Européia tanto politica como economicamente. E o pior é que se a Grécia falir, virão junto os bancos que dela se apropriaram e com os bancos toda a Europa. E logo a seguir os EUA.
A fome no Sudão, a perda das conquistas sociais dos gregos e logo a seguir de todos os europeus, a força dos bancos que dominam países com seus empréstimos, tudo isso são violações econômicas em cadeia, como na telenovela DSK. (Publicado originalmente no Direto da Redação)
Rui Martins, jornalista, escritor, correspondente em Genebra.

http://correiodobrasil.com.br

Nenhum comentário:

Arquivo do blog