quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Ludus Apresenta: Pandemic – Apocalipse viral e bacteriológico.




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     Postado em Resenha de jogos por Bruno Almeida 
     Especula-se muito sobre como nosso mundo ira terminar, não o mundo físico, mas a raça humana. Hipóteses das mais diversas citam Nostradamus, Maias, Egípcios, culturas antigas e profetas, para fundamentar seus argumentos que propõem apocalipses diversos: grandes meteoros, invasões alienígenas, eventos místicos, mudanças no eixo da terra, fenômenos físicos diversos, doenças… Diversas histórias e lendas bebem dessa fonte para criarem seus contos e é o caso do jogo dessa semana. Pandemic traz à tona como seria fazer parte de uma equipe que combate o extermínio da humanidade por enfermidades.
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     Primeiro é necessário citar que Pandemic é um cooperativo – os jogadores jogam contra o “tabuleiro” – bem desafiador por sinal. A história do jogo é: Os participantes formam uma equipe (2 a 5 jogadores) que devem achar a cura de 4 doenças que alastram a humanidade, o tempo é curto e o fim está próximo, é extremamente necessário que sejam rápidos.
     Como disse, Pandemic é um jogo bem difícil de ser ganho. O jogo contém dois baralhos: um branco e um preto, ambos de cidades. No setup inicial coloca-se no baralho de cartas brancas, cartas de epidemia. A quantidade dessas cartas influência diretamente na dificuldade da partida. Portanto, os jogadores tem um bom controle de quão difícil será o jogo.
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     Começamos nossa jogada expandindo a doença. Compramos um determinado numero de cartas pretas e naquelas cidades desenvolvemos o mal. Então fazemos nossa jogada, que se resume a andar pelo mundo tratando doenças nas mais diversas cidades, enquanto paralelo a isso, desenvolvemos pesquisas para erradicação de tais doenças.
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     Pandemic trabalha com um sistema de outbreak de doença muito interessante. Outbreak são surtos que acontecem quando uma doença está em “alta”. Sempre que infectarmos uma cidade com um cubo de doença, devemos analisar quantos cubos existem naquela região, se a cidade possuir três, então acontece um outbreak e ao invés de alocarmos o cubo naquele local, inserimos um cubo em cada cidade adjacente. Uma mecânica muito interessante para um fenômeno que acontece em nosso dia-a-dia, quando um vírus se desenvolve muito e não existe um programa/projeto especifico de tratamento, ele tende a se expandir rapidamente para regiões vizinhas e a contaminação se torna generalizada, tem-se então um surto.
     Além disso, temos as cartas de epidemia. No final da nossa vez compramos duas cartas brancas que possuem diversas utilidades, contudo, nesse baralho existem cartas de epidemia (inseridas no setup inicial) e sempre que uma dessas for comprada devemos mostrá-la instantaneamente. As cartas de epidemia vão além dos outbreaks. Quando se estuda e se trata doenças pode, até sobre um panorama controlado, acontecer algo que foge ao controle, o vírus sofrer uma mutação que o fortalece, a contaminação ascender demasiadamente em uma área, etc. Tal carta tem essa simbologia, as doenças fugiram do controle naquele momento. Quando uma carta de epidemia aparece as doenças se potencializam substancialmente no tabuleiro, tornando seu combate mais difícil. Cartas de epidemia geram momentos de tensão, nunca se sabe quando uma vai aparecer, assim como nunca se sabe quando um vírus ou uma bactérias sofrerá adaptações e mutações, ou expansões e contaminações em massa.
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     Pandemic pode ser jogado de 2 a 5 jogadores, todavia, se torna realmente desafiador com mais pessoas. As mecânicas que Matt Leacock criou para transformar eventos reais em acontecimentos no tabuleiro é de fato o ponto máximo do jogo. Pandemic foi publicado em 2008, entretanto, já carrega 21 prêmios de expressividade – Spiel dês Jahres, International Gamers Award, Vuoden Perhepeli – mostrando que é um dos monstros do mercado internacional. Pandemic é um jogo incrível, tem um ótimo dinamismo e interação entre jogadores, a necessidade do trabalho em equipe e a discordância de opiniões entre seus membros só caracterizam mais o que é viver esse momento.
     Lute contra a extinção da raça humana, viva o que tantas histórias já contaram e sobreviva a esse período apocalíptico. O fim está próximo, muitos já morreram e você deve evitar que isso continue, a situação deve ser contida e foco é necessário, o tempo corre…

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Créditos de Planeta dos Macacos: a Origem, mostrando a devastação do mundo pelo virus ALZ-113
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Will Smith em Eu sou a Lenda, adaptação do romance de mesmo nome de 1954, combatendo uma mutação do virus da Rubéola.
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Bruce Willis e Brad Pitt contracenam no clássico 12 Macacos, Bruce Willis volta no passado para achar a cura de um vírus que dizimou a humanidade em 1997.

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